terça-feira, 20 de dezembro de 2011

SALMO 139



Deus conhece a fundo todo o que nos diz respeito.
Tal pensamento é insuportável para quem não tem paz com Deus. Como escapar desse olhar penetrante? “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?” (v. 7).
Dia e noite, em cima e embaixo, “nas extremidades do mar”, em todas as partes, a mesma presença invisível nos cerca. Para não pensar nisso, se pode multiplicar as atividades, os argumentos, as viagens, distrações, sem, contudo, apaziguar a consciência.
Porém, sob essa indescritível luz, aquele que se inclina diante da grandeza de Deus percebe que sua existência é obra do Criador: “Maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (v. 14). Então reconhece sua própria insignificância, escuta a Palavra de Deus e admira os pensamentos divinos. A formação do corpo no ventre materno nos surpreende, quanto mais o nascimento da alma na nova vida recebida por graça e fé! O que fugia dos olhos divinos agora se aproxima de Deus.
Ao invés de temer ser sondado por Deus, aquele que crê pede para que Deus o esquadrinhe, a fim de que nada possa alterar a paz e a alegria de ter comunhão com o Salvador.
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração” (v. 23). Viver na luz é a doce liberdade dos filhos de Deus. Não ter nada a esconder nem a temer; que fantástico!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

DEIXE A IRA DE LADO



Muitas vezes o Senhor poderia nos fazer a mesma pergunta que fez para o profeta desanimado:
“Você tem razão para se irar tanto?”
Jonas havia profetizado o iminente juízo a Nínive, cidade repleta de pecado e violência, mas seus habitantes se arrependeram e Deus adiou a execução do castigo. Agiu com graça para com os ninivitas, pois Sua misericórdia é infinita. Então o profeta se sentiu humilhado, e, em vez de se alegrar e louvar, se irou e criticou a bondade de Deus.
Hoje em dia Deus continua sendo o mesmo, cheio de misericórdia e perdão, sempre disposto a demonstrar Sua graça a quem se arrepende dos pecados. O juízo está muito próximo, porque o mundo segue seu caminho de impiedade e imoralidade avassaladoras.
“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam” (Atos 17:30).
Porque “Deus nosso Salvador… quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:3-4). Essa boa notícia é válida para todos, sem distinção de raça ou origem.
Crentes, será que estamos como Jonas, tão seguros de nossa salvação e talvez com sentimento de justiça própria, que ansiamos pela destruição dos maus? Tiago e João tiveram o mesmo sentimento. E o que o Senhor Jesus fez? “Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois” (Lucas 9:55). O Senhor Jesus veio para nos resgatar do “fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25:41).
Se tivéssemos percepção dessa pavorosa realidade jamais desejaríamos isso para ninguém, porque nem o próprio Deus tem prazer na morte do ímpio, “mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva” (Ezequiel 33:11).
Sejamos mensageiros do caminho da salvação! Esse é o desejo do coração de Deus.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O RATO ALMISCAREIRO



Uma moça caminhava na neve quando descobriu uma armadilha na qual havia um rato almiscareiro preso pelas patas dianteiras.
O animal desesperado procurava a todo custo se livrar, e já estava até roendo as patas. A neve estava manchada de sangue. A moça o libertou da armadilha, pegou o rato e cuidou dele. Na primavera seguinte o ratinho já estava curado e foi solto para retornar ao seu habitat.
Que ilustração! Será que temos tanta coragem e vontade como esse rato almiscareiro que preferia perder suas patas a perder a liberdade?
É imperioso para os que dizem crer no Senhor Jesus que abandonem tudo o que os afasta de Deus, daquilo que os vincula ao mundo, custe o que custar. Não é somente a decisão que tomamos uma vez que nos livrará disso, mas é uma luta constante e diária. Não desanimemos: a liberdade está no final.
Esse episódio também nos ensina outra lição. Deixado sozinho, apesar da enorme determinação, aquela criaturinha morreria. Mas uma mão compassiva o libertou. Ele precisava ser salvo por alguém. Da mesma maneira, tanto para você quanto para mim, era necessário que alguém nos tirasse de nossa situação fatal. Para sermos salvos de nosso estado de perdição total, foi preciso que o próprio Jesus Cristo viesse a este mundo e morresse. Assim Ele nos resgatou e nos deu a liberdade.
Agora “não useis então da liberdade para dar ocasião à carne” (Gálatas 5:13).

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

NENHUMA CONDENAÇÃO!



Que declaração admirável!
Uma maravilhosa paz sucede os tormentos do capítulo 7 de Romanos. Agora não existe nada que possa condenar os que estão em Cristo Jesus. Se olho para mim mesmo na carne, exclamo: “Miserável homem que eu sou!” (Romanos 7:24). Se vejo o que sou em Cristo Jesus, percebo com espanto que “nenhuma condenação há”. Estou morto para tudo o que sou como filho de Adão: morto para o pecado, para a lei, mas vivo para Deus em Cristo Jesus. Portanto, estar em Cristo Jesus e pertencer a Ele significa que “agora nenhuma condenação há”. Podemos compreender isso?
Existe alguma condenação possível para Cristo que ressuscitou e que agora está na glória de Deus? Não! Tampouco para nós, se estivermos nEle.
É difícil enfatizar suficientemente esse versículo, o qual mostra o próprio fundamento da redenção. Ninguém pode experimentar o resgate verdadeiro do poder do pecado sem que primeiro conheça o favor absoluto de Deus em Cristo.
Que fantástico! Como mortos e ressuscitados com Cristo, estamos diante de Deus desfrutando de tudo o que Deus tem, sem condenação.
Não há nada que perturbe nem condene os filhos de Deus.
O próprio Senhor é quem pronuncia o veredicto: “Nenhuma condenação!” Mas atente bem para o restante do versículo: Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”.
“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios” (Efésios 5:15).

domingo, 11 de dezembro de 2011

15 MINUTOS DE PODER

 


Certa vez um anjo aprendiz perguntou para o seu mentor:
- O que aconteceria se as pessoas tivessem o mesmo poder que nós?
- Depende, anjinho.
- Depende do quê, mestre?
- Venha, vou-lhe mostrar.
O anjo mais experiente levou o novato à uma área rural, procurou dois lavradores pobres que fossem vizinhos e disse:- Está vendo aqueles dois pobres lavradores? Pois, bem, vou dar 15 minutos do nosso poder para cada um deles. Vamos ver o que acontece.
E assim se fez.

Casualmente, um bando de pássaros famintos começou a voar para lá. Um dos lavradores disse:
- Por favor, passarinhos, ainda não! Deixa primeiro eu colher a minha plantação, daí, sim, vocês podem vir e comer à vontade. Vai sobrar muita comida pra vocês.Então, como num passe de mágica, seu milho amadureceu em segundos, debulhou-se e ensacou-se sozinho e os passarinhos desceram e começaram a comer as sobras da colheita. Assustado, ele correu pra casa. Contou tudo para a mulher.- Foi um milagre, disse ela, agora podemos reformar a nossa casinha, que está quase caindo de tão velha.

- Sim, meu amor, vamos reformar a nossa casa.
Então, novamente, como num passe de mágica, sua casa velha reformou-se numa belíssima casa de campo.
Minutos depois ele ouviu alguém pedir socorro:
- Cumpadre, me ajude, pelamor de Deus.
- O que foi, cumpadre? O que está acontecendo?

- Eu não sei, cumpadre, tudo que eu falo acontece.

- Eu também, cumpadre, isso não é maravilhoso?

- Maravilhoso coisa nenhuma, cumpadre. Um bando de pássaros famintos tava vindo em minha direção e eu disse: "Bicharada desgraçada. Vocês de novo, atacando a minha lavoura? Tomara que seque tudo e vocês morram de fome!" Naquele exato momento minha lavoura secou-se diante dos meus olhos e os pássaros morreram.

Corri pra casa, assustado, contei pra mulher, que disse que isso é coisa de olho-gordo. Eu perguntei: "Olho-gordo porquê, muié, a gente é tão pobre. Olhe a nossa casa. Tá caindo aos pedaços. Tenho vontade de meter fogo em tudo isso e procurar emprego na cidade grande". De repente, cumpadre, a casa incendiou sozinha. Queimou tudo, cumpadre. Quase queimou a gente dentro. Ô, cumpadre, será que a gente podia vir morar aqui com vocês, até conseguir reconstruir nosso barraco?

- Claro, cumpadre, pode ficar aqui o tempo que precisar. A casa agora tá grande!

- É mesmo, cumpadre, não sabia que ocê tinha reformado a sua casa. Ficou bonita! Quando foi?

Ninguém fala, e acontece.
De que se queixa, pois, o homem vivente?
Queixe-se cada um dos seus pecados.
Lamentações 3.37-39

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O BIRMANÊS ALEIJADO



Um birmanês caçava próximo à sua aldeia quando um javali o atacou e mordeu sua perna direita. A ferida não pôde ser tratada corretamente de modo que se agravou, e o único remédio foi amputar a perna o mais rápido possível.
O homem estava desesperado. Como poderia trabalhar nesse estado? Sua angústia chegou ao ápice quando sua companheira lhe disse que iria abandoná-lo.
Ele decidiu se matar. Porém quando estava prestes a executar seu projeto, ouviu um programa cristão no rádio. Parou para escutar melhor uma estranha mensagem: o locutor falava de um Deus de amor e consolo. O homem ficou curioso e quis saber mais. Não perdeu tempo e logo entrou em contato com os responsáveis pelo programa.
Então tudo mudou. O Senhor Jesus entrou na vida daquele birmanês e a partir desse momento tudo foi novo para ele. Seus tristes pensamentos e seu desespero simplesmente evaporaram.
Claro que perdera uma perna, e isso não mudou, mas não foi obstáculo para impedi-lo de percorrer seu país anunciando a mensagem da salvação em Jesus Cristo. Seu testemunho e o milagre de sua conversão triunfaram sobre a oposição do paganismo na aldeia. Embora o governo da Birmânia (atual Mianmar, na Ásia) tenha reprimido os cristãos e expulsado muitos missionários, Deus se preocupou com que a expansão da semente da vida eterna tivesse continuidade.

sábado, 3 de dezembro de 2011

PRESENÇA DE DEUS E NÃO DA ARCA



Os planos deles foram frustrados.
A presença da arca no meio do povo, cujo estado era tão pecaminoso, não evitou o desastre. A arca foi tomada (Salmo 78:56-64).
Que vergonha para um exército quando o inimigo toma o símbolo máximo da nação – ainda mais para Israel, pelo fato de o trono de Deus ser o símbolo da nação.
Como eles celebrariam o Dia da Expiação (Levítico 16:14-15) sem a santa arca onde o sangue teria de ser espargido? E como poderiam fazer isso sem os descendentes de Arão para cumprir as ordenanças, pois, ao mesmo tempo, o sacerdócio iria acabar, uma vez que Hofni e Finéias haviam sido mortos?
Eli talvez tivesse meios para evitar tal punição sobre Israel. De acordo com Deuteronômio 21:18-21, Eli deveria trazer seus filhos diante do povo para serem apedrejados até a morte por causa da sua má conduta. Mas não teve coragem para fazer isso. Portanto, agora, não apenas Hofni e Finéias pereceram, mas 34 mil homens morreram com eles. E a arca, a glória de Israel, foi tirada do povo. A última parte da notícia foi o que matou o velho sacerdote. A arca era mais querida ao seu coração que sua família. Sua nora também sentia o mesmo. Ao chamar seu filho recém-nascido de Icabô, ela pronunciou a oração fúnebre para seu povo.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

AS GALÉS



Essa palavra evoca um passado sinistro. Pode-se consultar no “Museu do Deserto”, situado em uma pequena cidade da França, antigos arquivos intitulados “Anais sobre os condenados às galés de 1701 a 1762”. Milhares e milhares de pessoas tiveram de remar nas galés reais e muitas jamais retornaram às suas casas.

Por exemplo, isso se lê em um dos “registros de prisão”: “Chegada de um grupo de 173 homens condenados a Marselha em 31 de outubro de 1715”. Na lista está Nivet Jean, filho de Jacques e Marie-Claire, lavrador de 42 anos de idade, condenado por haver pregado em assembléias clandestinas. Deu testemunho com bastante firmeza ao magistrado que o interrogava. Certo dia foi oprimido com perguntas durante doze horas seguidas. Ao final, o juiz com um ar de zombaria, lhe disse:
– O que o pequeno rebanho fará agora que pegamos o pastor?
– Não se preocupe com o pequeno rebanho (Lucas 12:32), pois tem um bom Pastor que está fora do alcance de suas perguntas. Ele não abandonará o rebanho; respondeu o condenado.
 O juiz riu debochadamente. Nivet, não podendo conter as lágrimas, disse: – Ria quanto quiser, porque nem sempre vai ser assim. Um dia o senhor vai comparecer diante de um tribunal no qual a sua condenação será inapelável.

Por amor ao Senhor Jesus, por não negar o seu Salvador, aquele homem foi mandado às galés. Talvez no dia de hoje você seja confrontado com a mesma tentação: negar o Senhor.
A suas fiéis testemunhas, o Senhor Jesus declara: Reconhecerão “que eu te amo” (Apocalipse 3:9).